quando as andorinhas fossem embora, tu chegarias... quando todas as folhas caissem tu encherias de folhinhas novas e de flores ansiosas os meus braços... quando as nuvens chorassem tu adormecerias em paz no meu colo... nascerias em Novembro, no meu mês, e trarias luz aos meus dias... crescerias tal qual criança feliz com o maior amor de mãe que existe, e que sentiste, desde o momento em que decidi que mesmo abandonada, nunca te abandonaria...
para mim eras Eva, para o pai que nunca o chegou a ser mas que tenho a certeza que seria o melhor pai do mundo, quem sabe fosses mesmo o Alexandre, mas agora já não interessa não é? nem falar, nem partilhar... o que só nós dois é que sabemos...
foste a mais valente gotinha de vida, a semente que em mim manteve a esperança apesar do medo, do terror do como seria, quando já mais nada havia... foste quem sabe a última gota de tudo o que eu suportaria, que secou como um milagre que eu não merecia, e que a maior força me esturpou....
escorreste todo o sumo de fé, espremeste toda a réstia de alegria que restava, neste dia em que o meu corpo cansado de doer, sentiu que te perdia...
não foste apenas a última gota de sangue que me esvaziou... foste és e serás, a certeza mais dolorosa enfim, de que o amor existe sim, mas que, não é para mim!!!
o pertencer aqui, nunca o foi completamente, mas muito menos agora, nunca mais será igual, racional... o aceitar, o esquecer, o ultrapassar, é impensável, imperdoável... escusado algém exigir-me que siga... pedir-me que o desdiga ... recus0-me a fazê-lo sem ti...
poderia suportar todas as dores... que me levassem todos os amores... só não poderia perder-te, meu mais pequenino amor... fruto caído desse desamor que me rebentou o corpo, que me desventrou a alma, que me deslavou a existência... prova não viva de que aconteceu tudo em que eu mais acreditei, amei, o que te gerou, e que nem hoje, nem nunca poderei dizer que acabou... porque só chegará ao fim, comigo !!!
...ter-te... é não ter mais nada, e o não ter-te assim...
jamais morrerás em mim!!!