Neste blog apenas publico palavras literalmente minhas, esfumadas da minha alma, pensamentos, divagações, desabafos ou apenas as letras soltas de emoções boas ou más que me transbordam, ensaios ou peripécias da minha mente indomável. Todos os posts são da minha autoria, da qual reservo os direitos. Assim, todas as palavras aqui deixadas dispensam assinatura... todas as imagens são elementos pesquisáveis da rede de internet, inclusivé as "minhas"

05/04/2011

... ter-te ...


quando as andorinhas fossem embora, tu chegarias... quando todas as folhas caissem tu encherias de folhinhas novas e de flores ansiosas os meus braços... quando as nuvens chorassem tu adormecerias em paz no meu colo... nascerias em Novembro, no meu mês, e trarias luz aos meus dias... crescerias tal qual criança feliz com o maior amor de mãe que existe, e que sentiste, desde o momento em que decidi que mesmo abandonada, nunca te abandonaria...
para mim eras Eva, para o pai que nunca o chegou a ser mas que tenho a certeza que seria o melhor pai do mundo, quem sabe fosses mesmo o Alexandre, mas agora já não interessa não é? nem falar, nem partilhar... o que só nós dois é que sabemos...
foste a mais valente gotinha de vida, a semente que em mim manteve a esperança apesar do medo, do terror do como seria, quando já mais nada havia... foste quem sabe a última gota de tudo o que eu suportaria, que secou como um milagre que eu não merecia, e que a maior força me esturpou....
escorreste todo o sumo de fé, espremeste toda a réstia de alegria que restava, neste dia em que o meu corpo cansado de doer, sentiu que te perdia...
não foste apenas a última gota de sangue que me esvaziou... foste és e serás, a  certeza mais dolorosa enfim, de que o amor existe sim, mas que, não é para mim!!!
o pertencer aqui, nunca o foi completamente, mas muito menos agora, nunca mais será igual, racional... o aceitar, o esquecer, o ultrapassar, é impensável, imperdoável... escusado algém exigir-me que siga... pedir-me que o desdiga ... recus0-me a fazê-lo sem ti...
poderia suportar todas as dores... que me levassem todos os amores... só não poderia perder-te, meu mais pequenino amor... fruto caído desse desamor que me rebentou o corpo, que me desventrou a alma, que me deslavou a existência... prova não viva de que aconteceu tudo em que eu mais acreditei, amei, o que te gerou, e que nem hoje, nem nunca poderei dizer que acabou... porque só chegará ao fim, comigo !!!

...ter-te... é não ter mais nada, e o não ter-te assim...
jamais morrerás em mim!!!