Neste blog apenas publico palavras literalmente minhas, esfumadas da minha alma, pensamentos, divagações, desabafos ou apenas as letras soltas de emoções boas ou más que me transbordam, ensaios ou peripécias da minha mente indomável. Todos os posts são da minha autoria, da qual reservo os direitos. Assim, todas as palavras aqui deixadas dispensam assinatura... todas as imagens são elementos pesquisáveis da rede de internet, inclusivé as "minhas"

21/02/2010

não me queiras senão assim


imagem: smuin ballet - carmina burana


costumam dizer-nos que tudo o que não nos mata, que nos torna mais fortes... esperarei para sentir, pois não me parece nada assim, o amor, a sensação de perda, a vida, hoje...
tudo o que sou, implica tudo o que sou, não apenas os pedacinhos seleccionados por alguém, que por mais que eu ame, aceite, respeite, e compreenda, não quer que eu ame aceite, respeite e compreenda como sei, não quer o meu  todo, quer apenas o que lhe faz bem... e, sou eu a exigente aqui? como amar sem ser inteira? como ser sem ser inteira?
pedirem-me que aceite a não exclusividade, ainda é uma parte de um todo que talvez conseguisse tolerar, dado algumas circunstancias e em prespectiva de mudança das mesmas a curto prazo... mas pedirem-me que me subdivida, e que abafe em mim parte do meu todo, não me faz bem... decompõe-me obviamente... e eu não sei andar nisto assim...
não sei ser senão eu, com tudo o que eu carrego, com tudo o que me destroi e aos outros, esses, que deveriam ver que também a mim, me destroço e me desmontam,  e não vêem...  mas não é por isso que vou desagregar esse todo do meu ser...
não vou repensar, o impensável: não precisei de pensar para amar, mesmo sem conhecer... 
continuo a conhecer, a descobrir e a me apaixonar, a desistir e a amar como desde a primeira vez que o senti, continuo a querer como sei que vou querer por muito tempo ... mas dói,  dói sem peso esse repelir do que mais puro existe em mim... e mesmo a doer, faz parte de mim esse amor e não o vou desagregar do meu sentir...
podes fugir, podes não querer assim, podes impor as tuas condições, mas tanto eu como o meu amor já existiam antes de te balançares, já te sabiam antes de vacilares, e já te queriam antes de não quereres... por isso vai se precisas de ir, afasta-te de mim, se estar perto te fere... repensa se pensaste alguma vez o impensável... e se voltares, se redescobrires que me amas, não me queiras senão assim...

Sem comentários: