sentiste-me?
sentes-me?
... nada ...
não sei se será verdade, a verdade da máxima que diz que o tempo nos trará todas as respostas... sei que o tempo das dúvidas que, te parecem apaixonantes, a mim custa muito a passar... eu detesto a idéia das monotonias, das certezas eternas, mas prefiro acreditar, preciso de acreditar, ou não será vida, nem terá vida, o que possa sentir, o que possa pensar... e de nada me valerá
não sei porque espero algo de ti, porque na verdade nada espero, nada mesmo... apenas tinha uma infima esperança, que nem sequer fosse preciso esperar, e que para ti, eu tivesse sido algo, algo mais que nada, num breve momento, em que tudo senti, e tudo o que sinto, nunca consigo explicar
não sei mais o que sentir, se nada sentes, provavelmente sem que te possa pedir qualquer explicação, tinha que ser assim... mas pior do que não ter sido nada, é nada quereres em mim... e pior ainda é sentires e não me deixares sentir, é não ser nada, e continuar a nada ser...
nada de nada, também não faz sentido ser, senão, não teria sentido nada, e não custaria a passar, não quereria nada esquecer, não esperaria mais nada, a não ser que esta terrivel sensação, não passasse de nada...
eu estive ali... pode ter sido um breve momento, mas estive, e desde esse momento, que tu estás aqui, mesmo que seja nada, mesmo que em ti nada tenha acontecido, nada aconteça... estou aqui eu... o mesmo que nada...
1 comentário:
esperemos que entre tantos nadas acabe por sobrar algo... de bom!
e sim o tempo traz-nos sempre todas as respostas, mesmo se nem sempre todas vêm a tempo!
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