Neste blog apenas publico palavras literalmente minhas, esfumadas da minha alma, pensamentos, divagações, desabafos ou apenas as letras soltas de emoções boas ou más que me transbordam, ensaios ou peripécias da minha mente indomável. Todos os posts são da minha autoria, da qual reservo os direitos. Assim, todas as palavras aqui deixadas dispensam assinatura... todas as imagens são elementos pesquisáveis da rede de internet, inclusivé as "minhas"

16/09/2011

serei eu?


É tão difícil encontrar alguém que nos aceite como somos, sem nos julgar, sem nos castigar, pelo sermos... Dúvido até que alguma vez tenha realmente encontrado alguém assim...resta-me não perder totalmente a milésima réstia de esperança... É que, ter que consecutivamente justificar-me, por ser apenas eu, desgasta-me completamente.
Esvazia-me a coragem, sempre que me sinto não entendida, e pior que isso, sinto aquela repulsa a que possa haver qualquer outra explicação se não a tal, que dão os outros, os que repetem: - "Conheço-te muito bem!"... sem nunca realmente, chegarem a conhecer, para alegarem, insanidade, drama ou vaidade, aos meus básicos sentimentos; de dor genuína, imprópria, mais que inoportuna, mas que me devora; de gritante auto-insatisfação que não culpa ninguém se não a mim mesma, mas que entendem como exigência ao exterior, aos demais, como pressão aos que amo, aos que não me amam, ao ponto, de entenderem que apenas quero que simplesmente me abracem, quando eu menos merecer, pois é quando mais preciso...
E será que não mereço mesmo?
Será que tem que haver um dito comportamento normal, para os demais, para que alguém tenha uma atitude que para mim, seria o normal para comigo?
Será que quando desespero, quando me entrego à minha própria loucura, e atiro pra tudo e todos, à defesa, não ao ataque, não mereço, que me abriguem, que me protejam, de mim mesma, que me estagnem, que me parem ali, e naquele momento, seja, aqui, e agora, apenas para me tirarem desse transe em que entro sem querer, em que me esvaio a ver, e a perder as forças apenas peço que me resgatem, que exorcizem esse demónio que monstruosamente me minga, com um abraço forte quando grito, com um apertado pulsar de corações gémios quando tremo, com um largo sorriso quando franzo o sobrolho, com uma mão firme, quando caio... Rodopio tanto em voltas inuteis para explicar que apenas preciso de amor, para trocar pelo meu... que estou como há tanto tempo, infinitamente cansada.
Não peço a alguém que me salve, a alguém que me considere dependente de si, para estar bem... Peço um milagre apenas: alguém que esteja bem comigo, independentemente de eu estar ou não bem... isso para mim, é amar... Será que sei amar, ou já ninguém quer amar?

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