Neste blog apenas publico palavras literalmente minhas, esfumadas da minha alma, pensamentos, divagações, desabafos ou apenas as letras soltas de emoções boas ou más que me transbordam, ensaios ou peripécias da minha mente indomável. Todos os posts são da minha autoria, da qual reservo os direitos. Assim, todas as palavras aqui deixadas dispensam assinatura... todas as imagens são elementos pesquisáveis da rede de internet, inclusivé as "minhas"

12/12/2009

plásticas



Restos de sol ferem meu último olhar, rastos de luz escurecem o meu eterno viver, sombras, de tudo o que fui e o que vi mancham de negro o nada que serei... Apenas partes espalhadas roubadas de mim se separam, se desvanecem pelos cantos onde estive e, mesmo nada tendo para guardar, recolho hoje tesouros do meu ser, reclamo agora por glórias que perdi em tantas páginas que saltei desse livro meio lido, meio apagado e sem fim, contando em branco as histórias da alma morta que em mim vive, cantando baixinho memórias, as que sonhei e, não tive! E, de rastos me vêm à alma essas lembranças ocas do tempo que não passa e, já presa me alerto para fugir e, para não seguir onde não vou. E é de toda aquela que me chamaram; a deslouvada, a louca, até a calma; de toda aquela que é minha própria massa feita de matéria única mas a ruir, que pedaços de mim escondem o que sou e só não mostram aquela que todos vocês amaram! São apenas plásticas, as palavras vãs e inúteis,  essas, que todos vós por mim falaram!

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