Neste blog apenas publico palavras literalmente minhas, esfumadas da minha alma, pensamentos, divagações, desabafos ou apenas as letras soltas de emoções boas ou más que me transbordam, ensaios ou peripécias da minha mente indomável. Todos os posts são da minha autoria, da qual reservo os direitos. Assim, todas as palavras aqui deixadas dispensam assinatura... todas as imagens são elementos pesquisáveis da rede de internet, inclusivé as "minhas"

11/11/2009

belisca-me




Num domingo manso à hora mate do lanche venho a este bazar para decorar a nostalgia. Para te encontrar por acaso, no acaso onde ambos sabemos que nada acontece por acaso. E neste instante não penso em nada, penso em nós.

Choveu esta manhã e parece que se me lavou a memória. Mas não...

Tocam os sinos do mosteiro e, de cada vez que os ouço, é meio dia. É como se me beliscasses e me dissesses que afinal foste real. O tocar dos sinos materializa-se num vestigio mais da tua passagem pela minha vida, em que sempre recordo o início daquela tarde glaciar debaixo de um calor abrasador, pois tremo não sei se de frio ou pavor, sempre que me dizes adeus.

Como me custou que descolasses os teus lábios dos meus. Amarga-me engolir em seco a tua ausência, seca-me a boca e o sangue ao evocar o beijo perdido.

Também seria bom, se me aparecesses agora, com a saudade pronta a morrer numa mão, e o desejo que tenho de te ver na outra, e me puchasses para o teu abraço. Tanto como custa que não estejas aqui.

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