disses-te não ao teu amor, despiste as palavras de carinho de ternura, abandonaste a saudade, convenceste-te de que ficarias bem assim, esqueceste-te de mim, e nunca mais voltaste
ás vezes dizer não, também doi muito, e durante muito tempo, mas esse tempo, essa dor, tornam-se infinitos quando não enxugamos mais as lágrimas para não esquecer o sabor do sal, depois de já termos esquecido o gosto doce de um beijo que parece que foi já noutra era que aconteceu, ou não. quando já desesperamos de tanto tempo esperar, e já só esperamos que nunca falte a fé nesse suposto sacrificio, e tanto precisavamos de um milagre, que nos faça acreditar que vale a pena suportar não sentir, não ter, não ver
depois de pensar que não havia mais nada a perder, perdi aos poucos as tuas palavras, que me fizeram sempre tanto sentido, perdi o tom da tua voz, tal como perdi a cor dos teus olhos, e ainda perdi a pele das tuas mãos que já não se moldam nas minhas pra me obrigarem a dizer que sim
se me ensinaste a amar-te, a querer-te, porquê agora, me dizes : "NÃO", tal como não dizes? se falas muito mais por gestos, porquê não me deixas ouvir-te com um pequenino, um simples gesto, um pequeno sinal de fumo de dizer que está vivo esse amor? é pedir muito, ou não era amor, ou perdi-o também, ou perdeste-o tu meu amor?
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